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28/Mai/2021

Boi: preços firmes com a chegada da entressafra

O mercado físico de boi gordo já sinaliza o início da entressafra, período no qual os pecuaristas estão mais afastados dos negócios e os frigoríficos enfrentam maiores dificuldades para aquisição de bois prontos para o abate. Embora haja maior morosidade nos acordos, os preços da arroba continuam firmes e escalando em algumas regiões do País. Essa conjuntura não deve ser alterada nem mesmo com a fraqueza do mercado doméstico, já que os custos de produção tendem a ditar os rumos do mercado.

O momento é marcado por um movimento de redução no volume de abates, que já vem ocorrendo nos últimos meses. Depois de semanas com maior folga nas programações, a indústria começa a observar um encurtamento nas escalas e tenta repor os estoques antes da virada do mês, quando é esperado um aumento no consumo de carne bovina, em virtude do pagamento de parte dos salários dos consumidores. A média brasileira é de escalas que atendem a 5,77 dias úteis. Por outro lado, os pecuaristas evitam realizar novas vendas e tentam reter lotes para comercializarem posteriormente, a preços mais altos.

Em São Paulo, novos negócios são reportados a preços mais altos em algumas regiões. O boi gordo está cotado a R$ 301,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista. Em Rondônia, onde há uma dificuldade das indústrias de originarem matéria-prima, o boi gordo está cotado a R$ 293,50 por arroba à vista. Mato Grosso é o Estado que tem a maior capacidade instalada de confinamentos terceirizados, os chamados boiteis, muito procurados por pecuaristas neste momento de pastagens já degradadas pela seca. Dessa forma, o boi gordo registra alta, negociado entre R$ 301,00 e R$ 303,00 por arroba à vista.

Em Tocantins, a cotação é de R$ 296,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes se mantêm inalterados. O traseiro do boi está cotado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro a R$ 16,90 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 16,90 por Kg. Após as seguidas tentativas de escoar a produção de carne, a demanda das distribuidoras por reposição de estoques voltou ao mercado, em especial para os cortes do dianteiro bovino. Apesar disso, a demanda por proteínas de aves de suínos continua sendo a preferência dos consumidores finais.