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28/Mai/2021

Carnes: novas zonas livres de febre aftosa no Brasil

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o reconhecimento de mais Estados brasileiros como zonas livres de febre aftosa sem vacinação mostra a eficiência do sistema sanitário do País e vai permitir avanço em novos mercados para a carne bovina brasileira. A decisão foi anunciada oficialmente, no dia 27 de maio, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que concedeu o novo status para Rio Grande do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e de Mato Grosso. O Paraná também foi reconhecido como zona separada de peste suína clássica (PSC). A meta é até 2026 tornar todo o País livre sem vacinação. Alguns países mais exigentes e que pagam melhor pela carne bovina, como Estados Unidos, México, Canadá, Japão e Coreia do Sul, exigem que o Brasil não faça a vacinação.

A remuneração da carne proveniente de bovino sem vacinação é maior no mercado internacional, chegando a ser de 25% a 30% superior. O produtor deve se manter capacitado em reconhecer os sintomas da doença, cumprir as normas de trânsito e manter seu rebanho seguro por meio da vigilância passiva e, em caso de qualquer suspeita, deve notificar os órgãos de defesa sanitária imediatamente. O principal desafio para o avanço da retirada da vacinação é a estruturação dos órgãos estaduais de defesa agropecuária, além da constituição dos fundos privados indenizatórios. Há insegurança jurídica na criação de diversos fundos estaduais e a CNA, em conjunto com o Ministério da Agricultura, está trabalhando em um modelo padrão a ser discutido nos Estados.

Com a inclusão do Amapá, em 2018, todos os Estados brasileiros são considerados livres da febre aftosa com vacinação, exceto Santa Catarina, que é livre sem vacinação. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o Brasil tem agora 44 milhões de cabeças de gado em áreas com reconhecimento sanitário de zona livre de vacinação contra febre aftosa, o que corresponde a 20% do rebanho bovino do País. No caso da suinocultura, quase 50% do rebanho passa a estar em zona sem vacinação, e 58% dos frigoríficos de abate suíno com CIF estão agora em regiões com esse novo status. A ministra agradeceu aos governadores e a todos os servidores que se dedicaram para a execução do plano estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa).

Mas a ministra ressaltou, porém, que o compromisso de fortalecimento dos serviços veterinários deve ser contínuo para a manutenção do status sanitário e do reconhecimento internacional. Todos os serviços precisam ser muito atuantes daqui para frente. Além disso, mencionou que a OIE reconhece o elevado padrão sanitário da pecuária brasileira, o que abre oportunidades para que o Ministério da Agricultura trabalhe pelo alcance de novos mercados para a carne bovina e suína, assim como a ampliação dos tipos de produtos exportados aos mercados que o País já tem acesso. E acrescentou que o objetivo é tornar todo o território brasileiro livre da doença sem vacinação até 2026. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.