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27/Mai/2021

Boi: preços voltam a avançar com maior liquidez

A comercialização de gado terminado está ganhando ritmo, após a calmaria típica de início de semana, quando predomina a cautela no mercado físico. Assim, a estabilidade deu lugar a um novo movimento de alta nos preços da arroba, motivadas pela escassez na oferta de bovinos prontos para o abate nas principais regiões do País. Em relação ao consumidor final, a demanda doméstica por carne bovina não dá sinais de aceleração, e é isso o que limita altas mais expressivas nas cotações do boi gordo. Os frigoríficos enfrentam dificuldades no repasse de custos com a boiada aos preços do produto e podem testar reduções no uso da capacidade operacional das plantas produtivas. As exportações, que vieram aquém do esperado na primeira quinzena de maio, avançaram na terceira semana.

Por enquanto, o movimento que persiste no físico é uma falta de acordo entre indústria e pecuarista, dada a precificação mais alta do boi gordo nos contratos futuros da B3. Em face disso, os pecuaristas evitam vender os bois terminados, enquanto os frigoríficos tentam aumentar suas escalas antes do encerramento do mês. Em São Paulo, o fluxo de negócios é menor, o que limita variações expressivas nos preços. O boi gordo está cotado a R$ 300,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba prazo. Porém, na maior parte das regiões produtoras, a escassez de oferta está impulsionando as cotações. Em Tocantins, a cotação é de R$ 298,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 288,00 por arroba à vista.

Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 295,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 300,00 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo é negociado a R$ 288,50 a arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes estão estáveis. O traseiro do boi está cotado a R$ 20,60 por Kg; o do dianteiro a R$ 16,90 por Kg; e a ponta da agulha a R$ 16,90 por Kg. É possível que nos próximos dias os preços fiquem menos sustentados, com base em relatos de sobras nos entrepostos, em virtude do escoamento irregular. Os distribuidores e varejistas aguardam o início de junho, quando o recebimento da massa salarial pode desencadear melhora no escoamento da matéria-prima represada.