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27/Mai/2021

Suíno: pior relação de troca com milho da história

Os elevados preços do milho, um dos principais insumos da atividade suinícola, têm resultado em um cenário bastante desafiador ao pecuarista nacional. Nesta semana, a relação de troca de suíno vivo por milho é a mais desfavorável ao pecuarista, considerando-se toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004 no caso do suíno vivo. Após iniciar o mês de maio registrando leves avanços, os preços do suíno caíram com força nas semanas seguintes, pressionados pelas lentas vendas internas e externas de carne.

Os valores dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, também recuaram ao longo do mês, mas de forma menos intensa, contexto que reduziu o poder de compra de suinocultores frente a esses alimentos. Considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o Indicador ESALQ/BM&F do milho em Campinas (SP), o suinocultor de São Paulo consegue comprar 3,27 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno.

Trata-se da segunda menor quantidade da série histórica do Cepea, atrás somente da verificada no dia 24 de maio/2021, quando era possível comprar apenas 3,21 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno. A relação de troca de suíno vivo por milho está 35,9% pior frente à observada no encerramento de abril. Quando for considerado o suíno vivo e os insumos comercializados em Santa Catarina, na região de Chapecó, é possível ao produtor a compra de 3,69 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno, recuo de 19,4% no acumulado de maio.

Quanto ao farelo de soja, é possível ao suinocultor de São Paulo a compra de 2,13 Kg do derivado com a venda de 1 Kg de suíno, 36,1% a menos que no encerramento de abril. Para o produtor de Santa Catarina, a queda no mesmo período é de 23,7%, sendo possível adquirir 2,48 Kg de farelo com a venda de 1 Kg de suíno. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.