25/Mai/2021

Os preços do boi gordo estão retomando o movimento de alta, após terem sido pressionados nos dias anteriores, com um retorno do cenário de escassez de matéria-prima em algumas regiões do País. A tendência é de que as indústrias se afastem do mercado para avaliar as vendas de carne bovina do fim de semana e definir as compras dos próximos dias. Os frigoríficos começam a voltar as atenções para a composição das escalas de abate, depois de semanas com programações mais confortáveis, em razão do aumento na oferta de gado no mercado. O mercado físico apresenta gradualmente uma consolidação de uma nova tendência de alta, já que, apesar do período de seca, a maior oferta de bovinos não se manteve, o que denota a atual conjuntura vivida pela cadeia. Em alguns Estados já está ocorrendo uma redução considerável nas escalas, embora a média brasileira permaneça estável, próxima dos sete dias úteis.

Em São Paulo, os frigoríficos têm nove dias úteis de escala já cobertas. Ainda que a situação seja a melhor dentre os Estados acompanhados, o 'conforto' da composição da escala se reduziu, visto que a escala de abate recuou quase dois dias úteis no comparativo semanal. A situação é um pouco mais apertada em Mato Grosso do Sul, onde as indústrias conseguem atender a cerca de seis dias úteis, um leve recuo em relação à semana anterior, porém acima da média anual. Por outro lado, da porteira para dentro, pecuaristas maiores e mais tecnificados tentam confinar a maior quantidade possível de bovinos, de olho nas recentes altas dos contratos futuros na B3. Os produtores de pequeno e médio porte tentam minimizar os custos de produção intensiva, recorrendo a confinamentos terceirizados, os chamados boitéis.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 300,50 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 297,00 por arroba a prazo. Goiás é o Estado com maior aumento nas cotações, com o boi gordo negociado a R$ 293,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 299,00 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 294,00 por arroba à vista e a R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a vaca gorda é negociada a R$ 288,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços do corte de dianteiro bovino estão recuando. A cotação atual é de R$ 16,90 por Kg. A ponta da agulha está cotada a R$ 16,90 por Kg. O traseiro do boi continua cotado a R$ 20,60 por Kg. A preferência por proteínas substitutas mantém o mercado da carne bovina com baixo volume de negócios. Assim, as distribuidoras e varejistas já não mostram grandes expectativas para a última semana do mês, uma vez que a sazonalidade não traz maior demanda dos consumidores.