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21/Mai/2021

Boi: preços estáveis com comercialização pontual

O mercado físico de boi gordo registra negócios pontuais, apesar da pressão baixista observada nos últimos dias. Em algumas regiões do País, a oferta já começa a diminuir novamente. Mas, indústrias, com escalas em geral atendidas, reduzem as compras de gado. Os frigoríficos têm bastante cautela para adquirir bois terminados, visando não alavancar os preços e desgastar ainda mais suas apertadas margens. As programações das empresas ainda atendem a uma média de 6,49 dias úteis no Brasil. São Paulo continua sendo o Estado com escalas mais alongadas (unidades contam com programações de abate para 8,81 dias úteis). Em seguida vem Minas Gerais, com 7 dias úteis. A situação é mais apertada na Região Norte, onde as escalas atendem cerca de 5 dias úteis em Rondônia e no Pará.

A indústria monitora o escoamento de carne bovina no mercado interno, principalmente neste período de final de mês. Persiste o sentimento de incerteza na hora de traçar as estratégias de compra de matéria-prima, já que o movimento de substituição da proteína bovina por proteínas mais baratas se mantém. Há uma perspectiva no mercado de que o consumo só será destravado quando avançar a vacinação contra a Covid-19, que deve influenciar em uma retomada econômica no País. Em relação à demanda externa, continua no radar a restrição das exportações de carne bovina pela Argentina, com o mercado tentando avaliar se a medida afetará o Brasil no curto prazo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 299,50 por arroba à vista e entre R$ 307,50 e R$ 310,00 por arroba a prazo.

No Paraná, a cotação é de R$ 290,50 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo é negociado a R$ 287,50 por arroba à vista. Em Tocantins, o valor é de R$ 295,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 302,00 por arroba a prazo e em Minas Gerais, R$ 295,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 288,60 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi segue sendo negociado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro a R$ 17,60 por Kg e a ponta da agulha a R$ 17,10 por Kg. A dificuldade de escoamento é grande. As distribuidoras e varejistas, no entanto, esperam conseguir leve reação do consumo no final de semana, com a antecipação do auxílio emergencial, possibilitando reposição de estoques.