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20/Mai/2021

Leite: custo de produção em alta no mês de abril

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira registrou alta de 0,48% em abril, o 20º mês consecutivo de aumento nos custos de produção do setor. No acumulado de 2021, a “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) já subiu 8,83%. Em abril, o estado de Goiás foi o que registrou a maior elevação nos custos, de 1,05%. Essa alta esteve atrelada às valorizações dos suplementos minerais e dos concentrados. Na “Média Brasil”, a suplementação mineral também foi o grupo que mais se elevou no mês, com alta de 1,26%. A alta nos preços dos suplementos minerais refletiu a valorização do fosfato, matéria-prima importada e componente importante das misturas minerais.

Até o momento, os suplementos minerais acumulam alta de 7,83% no ano, e os Estados que apresentaram as maiores elevações foram Goiás (+4,22%), Bahia (+2,37%) e Minas Gerais (+2,47%). O produtor de leite também perdeu poder de compra em relação ao milho, pelo quarto mês seguido. Em abril, foram necessários 48,97 litros de leite para a aquisição de 1 saca de 60 Kg do cereal, a relação de troca mais desfavorável ao produtor desde janeiro de 2011. Esse cenário é resultado da forte valorização do cereal em relação à receita do produtor de leite. Os preços dos alimentos concentrados subiram 0,35% em abril e 7,79% no acumulado do ano, diante da valorização das matérias-primas no mercado.

Em abril, o Indicador ESALQ/BM&F Paranaguá da soja teve média de R$ 177,10 por saca de 60 Kg, aumento de 2,95% em relação à média de março de 2021. Para o milho, o Indicador ESALQ/BM&F teve média de R$ 97,15 por saca de 60 Kg, alta de 5,81% na mesma comparação. No dia 1º de maio, começou a primeira etapa da vacinação de 2021 contra febre aftosa nos Estados onde a vacina ainda é obrigatória. O mês é geralmente marcado pela movimentação de produtores nas casas agropecuárias, que aproveitam para repor os estoques de medicamentos das propriedades. Os custos com esses insumos também subiram em 2021, e, na “Média Brasil”, os grupos dos medicamentos que mais se valorizaram no período foram os de controle parasitário (+6,56%) e os antimastíticos (+5,58%). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.