18/Mai/2021

A negociação de gado terminado no mercado físico do boi gordo ainda é fraca, com aquisições pontuais pelos frigoríficos. As escalas, em geral, estão preenchidas e o escoamento para o mercado doméstico é irregular. Assim, a indústria reduz a pressão de compra e testa preços mais baixos para o boi gordo. Por outro lado, os pecuaristas avaliam a melhor forma de dar continuidade à terminação da boiada, considerando pastagens já degradadas pela seca e os altos custos com nutrição animal nos confinamentos.

A dificuldade de escoamento é grande e as escalas são longas, enquanto a oferta de bois em patamares de preços menores, ao redor de R$ 295,00 por arroba, é quase inexistente, criando pouca liquidez no mercado. A melhora sutil na disponibilidade de bois prontos para abate eleva as escalas para cerca de dez dias úteis em São Paulo. Minas Gerais está na segunda posição, com frigoríficos capazes de atender até oito dias úteis. A situação é mais apertada no Pará e em Rondônia, com escalas de três e cinco dias úteis, respectivamente.

Em São Paulo, o boi gordo permanece praticamente estável, com leve oscilação a depender dos acordos feitos em cada região. A cotação é de R$ 299,50 por arroba à vista e de R$ 310,00 por arroba a prazo. No Maranhão, em virtude da entrada de novos bovinos no mercado, a cotação registra recuo para R$ 282,00 por arroba à vista. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 287,50 por arroba à vista e, em Mato Grosso, R$ 293,50 por arroba à vista.

Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 289,50 por arroba à vista e R$ 292,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a ponta da agulha registra desvalorização de R$ 0,50 por Kg, a R$ 17,10 por Kg. Os outros cortes estão estáveis. O traseiro do boi ainda é negociado a R$ 20,60 por KG e o dianteiro, a R$ 17,60 por Kg. O consumo na primeira quinzena do mês ficou muito abaixo das expectativas para o período.