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14/Mai/2021

Boi: preços se sustentam em patamares elevados

Os preços no mercado físico do boi gordo vêm caindo em algumas regiões pecuárias do País, com o avanço do período seco e a consequente perda de capacidade de suporte dos pastos, o que obriga os pecuaristas a entregar seus bois ao frigorífico. Sobretudo os pequenos e médios pecuaristas, que não têm meios de fazer engorda intensiva, têm destinado os lotes restantes para abate antes que os bois comecem a emagrecer. Outro motivo a depreciar o valor da arroba diz respeito à maior oferta de vacas para abate. Além disso, os frigoríficos continuam com escalas confortáveis, de cerca de sete dias úteis.

É recorde o número de plantas desativadas temporariamente por causa da baixa oferta de gado. Este fato contribui, igualmente, para pressionar a arroba. Em Mato Grosso, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as escalas de abate na média do Estado estavam, no dia 11 de maio, em 5,04 dias úteis, recuo de 0,70% em relação ao dia anterior. É bom ressaltar, porém, que mesmo com a arroba sob pressão, o preço se mantém em patamares recordes, acima dos R$ 300,00 por arroba em várias regiões do País.

A situação do mercado futuro também aponta para a permanência da alta. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 299,50 e R$ 304,50 por arroba à vista. Há queda preço em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. A escassez de precipitação e o frio em grande parte dessas regiões deterioram as condições de pastagem. Na Bahia, a cotação é de R$ 290,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, apesar de a demanda nacional ser limitada por causa do atual cenário econômico e do consequente menor poder de compra de boa parte da população, a baixa oferta da proteína sustenta os valores da carcaça.