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13/Mai/2021

Boi: preço oscila com escalas de abate mais longas

Os preços do boi gordo seguem oscilando na maioria das regiões pecuárias do País. Como os fundamentos não mudaram, fatores locais determinam as cotações. Por um lado, o clima seco em algumas regiões tem estimulado a oferta de gado terminado. Por outro, mais unidades produtivas em operação contribuem para altas e baixas eventuais de preço. Com a perda de qualidade das pastagens, os pecuaristas optam ou pela terminação intensiva, que tem um custo adicional, ou pela oferta dos bovinos no mercado. E é isso que tem ajudado no alongamento das escalas de abate dos frigoríficos. Soma-se a essa conjuntura, a ociosidade produtiva por causa da paralisação temporária de fábricas que tentam minimizar os custos com matéria-prima em um cenário de fraqueza na demanda. Essas decisões têm feito parte, inclusive, da estratégia de grandes players do mercado, como a Marfrig Global Foods.

A empresa decretou férias coletivas de 20 a 30 dias em plantas que não têm habilitação para exportação para a China, dada a restrição na oferta de boiada gorda. Esse movimento ocorreu nos meses de fevereiro e março e foi pensado com base na variação da oferta em cada Estado. O boi gordo tem registrado ajustes negativos há semanas. Mas, há um suporte dos preços no patamar médio de R$ 295,00 por arroba. Nesse sentido, o aperto nas margens dos frigoríficos cuja produção é destinada ao mercado interno persiste, ainda mais com a irregularidade no escoamento de carne bovina. As exportações estavam compensando a retração da demanda doméstica, mas depois do recorde observado em abril, os embarques estão mais lentos em maio. O grande apetite do mercado asiático no primeiro trimestre pode ter gerado estoques, o que tende a arrefecer a demanda. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 299,50 e R$ 304,50 por arroba à vista e entre R$ 301,50 e R$ 312,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, o aumento na oferta pressiona a cotação para R$ 294,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o destaque são os preços das fêmeas. O fraco escoamento da categoria na região faz com que a cotação recue. A vaca gorda está cotada a R$ 285,00 por arroba a prazo e a novilha, a R$ 286,00 por arroba a prazo. Há ajustes negativos nos preços do boi gordo em Mato Grosso, Minas Gerais, Tocantins e Rio de Janeiro, resultado da forte seca que se instalou nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste do País. Em Tocantins, o boi gordo é negociado a R$ 295,00 por arroba à vista. No Pará, a oferta é restrita e o boi gordo está cotado a R$ 289,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 294,70 por arroba à vista e R$ 297,28 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O traseiro segue sendo negociado a R$ 20,60 por Kg e o dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg.