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13/Mai/2021

Frango: pedidos dados técnicos à Arábia Saudita

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reiterou sua confiança no governo brasileiro e que buscará junto ao setor uma solução após a Arábia Saudita sinalizar novos critérios para o comércio de carne de frango com o país e ter suspendido as importações do produto de onze frigoríficos brasileiros, dentre eles sete unidades da JBS. À Organização Mundial de Comércio (OMC), a Arábia Saudita afirmou que pretende reduzir de um ano para três meses o prazo de validade do produto congelado e seus cortes negociados com o país.

Segundo a ABPA, entre nações-membros da OMC, como é o caso do Brasil e da Arábia Saudita, não é aceitável a imposição de barreiras sanitárias sem as devidas comprovações técnicas, conforme preconizam o Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) e o Acordo de Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT). Até o presente momento não houve envio, por parte das autoridades sauditas, de qualquer relatório com informações que fundamentam minimamente a suspensão das onze plantas, como lotes envolvidos e outros pontos.

Quanto à redução da validade de um produto a partir de sua data de fabricação (shelf life) para três meses, sem critérios técnicos claros e longe da prática do mercado internacional, a entidade sugere uma decisão com potencial cunho protecionista. Esta é uma situação que alcança todos os produtores e exportadores de carne de frango globalmente, e está sendo abordada no âmbito do Conselho Mundial da Avicultura (IPC) para a construção de uma linha de reação unificada. A Arábia Saudita compra a carne de frango brasileira desde 1975. Desde 2001, foram embarcadas para este país 10 milhões de toneladas de produtos avícolas.

Trata-se de uma sólida e duradoura relação de confiança que foi estabelecida entre as duas nações e, durante muitos anos, o mercado saudita ocupou o primeiro posto entre os 150 países importadores de carne de frango do Brasil. Por este motivo e pelo respeito mútuo consolidado ao longo de décadas, o setor informa que apoiará a construção de uma solução que preserve as boas relações entre as duas nações, ao mesmo tempo, atendendo aos requisitos técnico-sanitários que regem a OMC. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.