10/Mai/2021

A baixa liquidez predomina no mercado físico do boi gordo e, com isso, os preços oscilam conforme a região pecuária do País e a necessidade ou não da indústria de completar escalas. Os frigoríficos com programações de abate mais alongadas persistem na pressão baixista sobre a arroba. Na última semana, a indústria como um todo conseguiu avançar nas programações de abate para atender a pelo menos dez dias úteis. Houve um avanço médio de 11,64% nas escalas de abate pelo País, com as empresas de São Paulo e de Goiás tendo avançado 13%, para 11,2 dias úteis e 9,4 dias úteis, respectivamente.

A média brasileira, contudo, está em 6,6 dias úteis. A pressão de compra de gado terminado também é menor porque o mercado ainda aguarda uma reação nas vendas domésticas de carne bovina neste início de mês, com a entrada de massa salarial de parte dos consumidores brasileiros e a proximidade da comemoração do dia das mães. Até o momento, entretanto, não foi observada evolução no escoamento da proteína, em parte por causa da persistência do movimento de substituição do consumo, que favorece proteínas mais baratas. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 301,50 por arroba à vista e a entre R$ 303,50 e R$ 312,00 por arroba a prazo.

Em Tocantins, a cotação é de R$ 295,00 por arroba a prazo. No Paraná, o boi gordo é negociado a R$ 290,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, onde a estiagem estimula o aumento na oferta de boiadas, a cotação é de R$ 297,00 por arroba à vista e a R$ 298,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 291,67 por arroba a prazo e, em Rondônia, a R$ 289,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços estão estáveis, apesar da procura maior pela proteína bovina. O volume de vendas continua abaixo do esperado e maiores ajustes não se mostram suficientes. A opção dos consumidores por proteínas substitutas é evidente. Desta forma, o traseiro segue negociado a R$ 20,60 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg.