06/Mai/2021

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 87,3 mil toneladas de carne suína in natura em abril, volume 9,8% menor que o recorde atingido em março, mas 38,8% acima da quantidade de abril/2020. O preço médio pago pela carne exportada caiu de março para abril. Agentes do setor indicam que o maior comprador mundial da proteína, a China, vem pressionando os principais mercados fornecedores para reduzirem os valores da carne.

Esse cenário, atrelado ao enfraquecimento do dólar frente ao Real nesse mesmo período, resultaram em queda na receita obtida com as vendas externas. Em abril, a carne suína in natura saiu dos portos a US$ 2,49 por Kg, queda de 1,3% frente ao mês anterior. No total, o setor exportador brasileiro arrecadou R$ 1,21 bilhão com as vendas da proteína, montante 12,1% menor que o de março, mas ainda 47,5% acima do registrado em abril/2020.

Quanto ao mercado interno, ao contrário do esperado, as vendas de carne suína estão lentas na maioria das regiões nesta semana, especialmente no Sul do País. Agentes acreditavam em alta nos valores, fundamentados no período de início de mês e na possível reação da demanda por conta do Dia das Mães. Esse cenário pode estar atrelado à renda da maior parte da população brasileira, que está fragilizada diante do atual contexto econômico.

Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína registra recuo de 2,7% nos últimos sete dias, cotada a R$ 11,55 por Kg. Para os cortes, a maior desvalorização nos últimos sete dias é observada para o pernil com osso, de 2,6%, indo para R$ 12,83 por Kg. Na contramão do mercado, a paleta segue bastante demandada. A alta no valor é de 1% no mesmo comparativo, com o produto negociado a R$ 13,40 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.