05/Mai/2021

A tendência baixista persiste no mercado físico de boi gordo, com leve melhora na oferta de gado terminado, consequência das pastagens mais secas em grande parte das regiões pecuárias do País. Esse fator deve continuar influenciando o mercado, ao menos no curto prazo. Entre o fim de maio e início de junho, deve haver o retorno da firmeza das cotações, com uma menor oferta de boiada gorda. Embora a conjuntura permita ajustes negativos na arroba, o patamar de preços continua sustentado, com quedas mais acentuadas limitadas por expectativas relacionadas à demanda.

No mercado interno, existe a possibilidade de reação das vendas de carne bovina neste início do mês, quando a população está mais capitalizada. As exportações seguem aquecidas. Em São Paulo, a negociação é lenta. A indústria aproveita o alongamento das escalas de abate para tentar adquirir matéria-prima a preços mais baixos. O boi gordo está cotado a R$ 305,50 por arroba à vista e entre R$ 307,50 e R$ 312,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, em razão de um longo período de estiagem, que força pecuaristas a aumentarem o volume de bois ofertados no mercado. A cotação é de R$ 296,50 por arroba à vista e R$ 302,00 por arroba a prazo.

Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 285,50 por arroba à vista. No Maranhão, o retorno das chuvas no Maranhão possibilita aumento no preço, para R$ 288,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 300,25 por arroba a prazo; em Goiás, R$ 295,08 por arroba a prazo; e em Tocantins, R$ 294 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços estão inalterados. O final de semana confirmou as expectativas do setor, com baixa procura pela proteína bovina. No entanto, a semana atual conta com o recebimento da massa salarial e precede o Dia das Mães, com previsões de maior consumo doméstico e procura por reposição das distribuidoras. O traseiro segue negociado a R$ 20,60 por Kg; o dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg.