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04/Mai/2021

Boi: preços se estabilizam com queda na liquidez

O fluxo de negócios está menor no mercado físico de boi gordo. Os frigoríficos estão recuados, com escalas de abate mais longas. Isso foi possível porque é menor o número de unidades em operação e há mais oferta de bois prontos. A escassez de chuvas em grande parte do País tem forçado os pecuaristas a retirarem os bovinos dos pastos para ofertá-los no mercado ou levá-los para confinamentos, onde o custo de produção é mais alto. O período de seca trouxe condições de pasto insuficientes para retenção ou terminação do gado. Ao mesmo tempo, os custos de suplementação estão altíssimos e não viabilizam a engorda no cocho para pecuaristas. Assim, ofertar lotes no mercado, mesmo inacabado, é inevitável.

O segundo semestre também não traz boas expectativas, visto que a relação de troca é a pior da série histórica e a 2ª safra de milho 2021 no Brasil já apresenta quedas de produtividade. Na ponta da demanda, persiste a expectativa de melhora do escoamento doméstico nesta semana, com o início de mês e maior capitalização dos consumidores. Enquanto isso, os embarques para o mercado externo seguem acelerados, fornecendo um suporte às cotações. Ao que tudo indica, o mês de abril será o maior da série histórica em termos de volume exportado. Caso isso se confirme, serão dois meses seguidos de recordes históricos de exportação de carne in natura.

Nessa conjuntura, os preços variam entre estabilidade e queda em algumas regiões pecuárias, embora tenha o patamar médio de R$ 295,00 por arroba como resistência. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 305,50 e R$ 307,50 por arroba à vista e a R$ 312,00 por arroba a prazo. As ofertas de compra abaixo do preço de referência por parte das indústrias continuam travando o mercado. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 288,50 por arroba à vista. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 295,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba à vista, assim como em Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, no atacado, o traseiro segue negociado a R$ 20,60 por Kg. O dianteiro e a ponta de agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg.