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03/Mai/2021

Boi: preços se estabilizam com escalas alongadas

O mercado físico de boi gordo continua registrando baixa liquidez, em meio a um cenário em que indústrias já conseguiram alongar as suas escalas de abate e reduzem a pressão de compr. A melhora nas programações decorre de um leve aumento na oferta de gado terminado proveniente das pastagens. Mas, é resultado também da menor quantidade de plantas em operação, já que muitas empresas chegaram a paralisar as atividades temporariamente para minimizar os efeitos dos altos custos de produção. Em São Paulo, as escalas atendem a 11,4 dias úteis em média. Em Goiás, as programações atendem a uma média de 10,8 dias úteis.

Abastecidos, os frigoríficos avaliam a conjuntura com mais cautela antes de realizarem novas aquisições de matéria-prima. Isso porque o escoamento de carne bovina para o mercado doméstico continua irregular e não abre espaço para repasses de preços ao produto final. Para se proteger, as plantas optam pelo uso reduzido da capacidade de abate, reescalonando os bois adquiridos para alongar seus prazos e barganhar preços menores, principalmente para a esta semana, que pode ser um período de maior consumo. Há expectativa de reação no consumo doméstico, com a entrada de maio, quando o pagamento de parte dos salários da população pode aumentar as compras da proteína bovina.

O que tem dado maior fôlego à indústria é a demanda externa aquecida. Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 305,50 e R$ 312,50 por arroba à vista e a R$ 316,50 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação é de R$ 290,50 por arroba à vista. No Paraná, o boi gordo é comercializado a R$ 296,50 por arroba à vista. No Pará, a cotação é de R$ 288,00 por arroba à vista e R$ 290,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 302,00 por arroba a prazo e em Goiás, a R$ 295,50 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O traseiro segue negociado a R$ 20,60 por Kg. O dianteiro e a ponta da agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg.