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29/Abr/2021

Boi: preços oscilam e mercado tem maior liquidez

A liquidez no mercado físico de boi gordo está maior, o que se refletiu em maior volatilidade dos preços da arroba. Cresceu a oferta de bois prontos para o abate, com mais regiões observando uma piora das condições de pastagens. Os pecuaristas avaliam, então, se ofertam o gado no mercado ou terminam a engorda nos confinamentos, com custos mais altos de alimentação. A maior disponibilidade de matéria-prima favorece o poder de barganha das indústrias, que aproveitam o momento para tentar pressionar as cotações e avançar nas suas programações de abate. Goiás é o Estado onde as escalas estão mais confortáveis, atendendo a uma média de 10,2 dias úteis. Em seguida, estão São Paulo e Mato Grosso do Sul, com 7,7 e 6,7 dias úteis.

A demanda no mercado interno ainda é fraca, e o setor usa o mercado externo como pilar de sustentação. Até a terceira semana de abril, o Brasil exportou 106,6 mil toneladas de carne bovina in natura, o equivalente a uma média diária de 7,11 mil toneladas. Isso representa uma alta de 22,2% em relação à média diária verificada em abril do ano passado. Os dados fazem parte de levantamento preliminar da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em São Paulo, os negócios ainda estão travados e os preços estão mais próximos da estabilidade. O boi gordo está cotado entre R$ 305,50 e R$ 313,00 por arroba à vista e a R$ 317,00 por arroba a prazo no noroeste do Estado. Em Rondônia, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista; e em Minas Gerais, R$ 290,50 por arroba à vista e a R$ 305,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 307,00 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 297,00 por arroba a prazo. Nessas regiões, a procura das indústrias é menor e há melhora na oferta, com o avanço do clima seco. Problemas logísticos em decorrência de fortes chuvas no Pará elevam os preços no Pará e a cotação é de R$ 293,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os cortes de traseiro bovino registram queda, a R$ 20,60 por Kg. O dianteiro e o da ponta de agulha continuam cotados a R$ 18,10 por Kg. A fraca demanda no final do mês superou as expectativas da cadeia. O último final de semana não registrou consumo suficiente para escoar os estoques, o que motivou a queda nos preços.