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29/Abr/2021

Boi: JBS é pressionada a melhorar monitoramento

A Anistia Internacional realizou uma série de ações para pressionar a JBS a melhorar o monitoramento da sua cadeia produtiva, de modo a eliminar fornecedores diretos ou indiretos de gado bovino localizados em áreas de preservação ambiental na Amazônia. A entidade vai entregar à diretoria da empresa mais de 57 mil assinaturas de pessoas em 84 países que apoiam à petição "Diga à JBS para não comprar gado ilegal da Amazônia", lançada em julho do ano passado. Além disso, colocará nas ruas de São Paulo um caminhão que exibirá mensagens de repúdio à compra de gado criado em áreas ilegais.

Na terça-feira (27/04), estava prevista um encontro virtual entre representantes da organização, o diretor de sustentabilidade da empresa e o executivo responsável pelo monitoramento de fornecedores da JBS.

O Objetivo do encontro seria cobrar e conhecer as medidas que a companhia está prevendo para garantia dos direitos humanos na sua cadeia direta e indireta de fornecimento. Para a Anistia Internacional Brasil, a JBS precisa assumir um compromisso público em parceria com seus fornecedores, para indenizar indígenas e moradores das áreas protegidas onde houve criação de gado ilegal. A criação de gado ilegal favorece outras práticas também associadas às violações de direitos humanos como a grilagem, a invasão de terras e o desmatamento. Os olhos do mundo estão voltados para a Amazônia e a Anistia Internacional também chama atenção para as pessoas que vivem sob ameaças constantes, nesses territórios.

Em setembro do ano passado, a JBS anunciou o lançamento do programa "Juntos pela Amazônia", no qual está inserida a Plataforma Verde JBS, um sistema com tecnologia blockchain que será utilizado para identificar e monitorar toda a cadeia de fornecedores diretos e indiretos da companhia até 2025. O prazo, porém, é considerado muito longo pela Anistia Internacional, que reafirma que a JBS deveria ter implementado a devida diligência e medidas preventivas até o final de 2020. Os compromissos assumidos pela empresa precisam ser efetivos na prática e devem ser percebidos por quem vive na Amazônia, acrescenta a Anistia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.