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29/Abr/2021

Suíno: preços do animal vivo registram novas altas

Os preços do suíno vivo continuam em alta em todas as regiões. Esse movimento vem mantendo em recuperação o poder de compra do suinocultor de São Paulo frente ao farelo de soja, importante insumo de alimentação, que, por sua vez, registra desvalorização. Frente ao milho, o cenário segue desfavorável ao suinocultor, tendo que vista que o avanço nos preços do cereal é ainda mais intenso que o observado para o suíno vivo. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo registra média de R$ 7,03 por Kg na parcial de abril, alta de 5,1% sobre a média de março/2021. O impulso vem do bom ritmo de embarques da proteína e da reação do consumo doméstico.

No caso do farelo de soja, apesar do avanço na última semana, devido aos elevados preços da matéria-prima e das firmes demandas interna e externa, o valor médio do derivado registra queda de 5,3% entre março e abril, a R$ 2.490,79 por tonelada (na região de Campinas - SP), neste mês. Diante disso, com a venda de 1Kg de suíno no mercado independente da região produtora de São Paulo, o produtor consegue adquirir 2,82 Kg de farelo de soja, 11,4% a mais que em março e 5,5% acima de abril/2020. Quanto ao milho, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas – SP) registra média de R$ 96,72 por saca de 60 Kg neste mês, aumento de 5,7% frente a março. O movimento de alta está atrelado à oferta restrita e às demandas interna e externa aquecidas.

Além disso, o atraso na semeadura e a irregularidade das chuvas aumentaram as incertezas quanto à produtividade das lavouras da segunda safra, o que vêm reforçando a elevação nos preços, que operam em patamares recordes reais em muitas regiões brasileiras. Assim, em abril, a venda de 1 Kg de suíno no mercado independente da região produtora de São Paulo possibilita a compra de 4,35 Kg de milho na região de Campinas, 1,2% a menos que a quantidade de março. Este é o sétimo mês consecutivo em que se observa piora na relação de troca. Na tentativa de conter a alta nos preços nacionais, o governo brasileiro suspendeu, mais uma vez, a alíquota de importação do complexo soja de países fora do Mercosul. A medida vale até o final deste ano. Mas, diante da oferta interna e dos alinhamentos entre os valores domésticos e internacionais, as importações não devem ser intensas neste primeiro semestre. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.