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29/Abr/2021

Suíno: PR vai ampliar o acesso ao mercado global

O Paraná poderá ter acesso irrestrito ao mercado mundial de carnes a partir dos próximos meses. No dia 27 de maio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deve formalizar o reconhecimento do estado como território livre de febre aftosa sem vacinação. Tão logo a decisão seja anunciada, abre-se a possibilidade de exportação para importantes destinos, como Japão, Coreia do Sul e México, países que hoje o Paraná não acessa por causa da restrição sanitária. O impacto comercial de curto prazo será sobre o mercado de carne suína, no qual o Paraná é mais expressivo. Mas, no médio e longo prazo pode repercutir também em carne bovina e lácteos. A febre aftosa é uma doença infecciosa e uma das mais graves e contagiosas que atinge bovinos, ovinos, caprinos, suínos e ruminantes selvagens, causando grandes prejuízos à pecuária. A doença não é transmitida pelo consumo de carne e lácteos e não representa risco para a saúde humana.

O reconhecimento internacional significa mudança de patamar sanitário e serve como um passaporte. Sem isso, não é possível acessar Japão e Coreia do Sul, por exemplo. Superada a questão sanitária, agora é preciso trabalhar na estratégia comercial para conquistar esses mercados. Outra decisão da OIE, esperada para a mesma conferência, é o reconhecimento do Paraná como um bloco independente no que se refere à peste suína clássica (PSC). A doença já está superada, porém, pela classificação do organismo internacional, o Paraná integra um bloco de 14 Estados brasileiros. Isso significa que se qualquer outro Estado tem um foco da doença, o Paraná acaba sendo prejudicado podendo ter restrições de acesso ao mercado mundial. Por isso, o Estado pleiteia essa independência. De olho na expansão do mercado que virá com o novo status sanitário, a Frimesa Cooperativa Central já está investindo em mais um frigorífico.

A nova planta, prevista para ser concluída em dezembro de 2022, vai dobrar a capacidade atual de abate, chegando a 15 mil suínos por dia. Hoje, 20% da produção da Frimesa é destinada ao mercado externo. A partir do reconhecimento da OIE, 30% da produção irá para o exterior. O Paraná já exporta carne suína, mas para mercados menores como Cingapura, Hong Kong, Vietnã, África do Sul, Uruguai e Argentina. O mercado mundial é de 10 milhões de toneladas por ano, mas o Paraná tem acesso a apenas 40% desse total. Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), a abertura do mercado mundial vai ser o impulso que o Paraná precisava para assumir a liderança na suinocultura. Além da Frimesa, outras cooperativas também já estão investindo em novas plantas. O Paraná hoje é o segundo produtor nacional de suínos, ficando atrás de Santa Catarina. Fonte: Gazeta do Povo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.