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26/Abr/2021

Boi: preços recuam com retração de compradores

No mercado físico do boi gordo, as indústrias reduzem a pressão de compra em grande parte das regiões pecuárias brasileiras e aproveitam o alongamento das escalas de abate para testarem preços mais baixos. Esse movimento foi proporcionado por uma leve melhora na oferta de bovinos oriundos das pastagens desde a semana passada e tem aberto espaço para ajustes negativos nos preços do boi gordo pelo País. Grande parte das plantas já programou abates durante o restante de abril e até a primeira semana de maio. Com isso, acrescenta em boletim sobre o mercado, os negócios pouco evoluem e as cotações estão pressionadas. As programações das indústrias em São Paulo atendem, em média, 9,7 dias úteis. Goiás apresenta uma média de 9,3 dias úteis e, em Mato Grosso do Sul, indústrias conseguem atender até 7 dias úteis.

A situação mais apertada é de plantas no Pará, com escalas para 3,3 dias úteis. Por outro lado, cresce a preocupação no mercado com o confinamento, que deve abastecer as empresas no segundo semestre do ano. É que o encarecimento dos custos de produção, como os grãos utilizados para ração animal e o gado de reposição, limita a capacidade produtiva de pequenos e médios pecuaristas e tem elevado a procura por confinamentos terceirizados. Com escalas mais confortáveis para os frigoríficos, o boi gordo registra queda em São Paulo, cotado entre R$ 307,50 e R$ 315,00 por arroba à vista, a depender da região do Estado. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 299,50 por arroba à vista.

Em Rondônia, a cotação está entre R$ 291,50 e R4 296,50 por arroba à vista. Em Tocantins, o boi gordo é negociado a R$ 298,50 por arroba e, em Goiás, a R$ 300,00 por arroba à vista. A morosidade de negócios e o esvaziamento do mercado influenciam as cotações na Região Sul. No Rio Grande do Sul, 40% das plantas de processamento de bovinos estão paralisadas, enquanto não há melhora concreta na oferta de bois. O resultado disso é a queda de preços, com o boi gordo cotado a R$ 293,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o dianteiro do boi continua cotado a R$ 18,60 por Kg; a ponta da agulha é negociada a R$ 18,10 por Kg e o traseiro, a R$ 21,10 por Kg. A procura por reposição entre atacado e varejo segue instável. O consumidor final, em geral, tem optado por proteínas substitutas, buscando compensar o pressionado poder de compra do brasileiro médio.