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20/Abr/2021

Boi: preços firmes e com baixa liquidez no mercado

O mercado físico de boi gordo registra baixo volume de negócios e firmeza nos preços. As indústrias conseguiram alongar suas escalas de abate após a entrada de alguns lotes de bovinos, em razão do período de seca em algumas regiões. Porém, essa situação só foi possível mediante a baixa quantidade de plantas ativas nas compras de bois terminados, ou seja, a melhora de oferta é “virtual”. A apreensão quanto a escassez de oferta de boi continua, já que não se sabe se ainda há bovinos retidos nas pastagens em determinadas regiões pecuárias. Em São Paulo, algumas indústrias completaram as programações para sete dias úteis, ante uma média parcial anual de seis dias úteis.

O Estado é o que tem registrado melhores condições de negócios e com isso, tem uma maior folga. As escalas alcançaram seis dias úteis em Goiás e cinco dias úteis em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, próximo da média para as três regiões, que é de cinco dias úteis. Em Minas Gerais e Tocantins, os cronogramas estão alinhados com a média anual, atendendo os próximos quatro dias úteis. Com indústrias mais abastecidas e pecuaristas mais preocupados com os custos da terminação intensiva, a tendência é de que o mercado siga travado. O que pode mudar esse ritmo de negócios é uma reação do consumo doméstico, mas, além de todos os desafios impostos pela pandemia, a segunda quinzena do mês não costuma trazer aumento significativo nas vendas de carne bovina.

Em São Paulo, a trajetória de alta arrefeceu. O boi gordo está cotado a R$ 315,50 por arroba à vista e a R$ 320,00 por arroba a prazo. No Espírito Santo, onde a oferta apertada de boiadas e a proximidade do feriado do meio da semana, a cotação está em alta, a R$ 290,50 por arroba à vista. Na Região Centro-Oeste, contudo, o movimento é baixista. A redução da capacidade de abate das indústrias locais pressiona os preços em Mato Grosso e o boi gordo está cotado a R$ 308,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 302,15 à vista. Em São Paulo, no atacado, a demanda é fraca. Assim, o traseiro do boi est[a cotado a R$ 21,60 por Kg; o dianteiro é negociado a R$ 18,10 por Kg; e a ponta de agulha está cotado a R$ 17,60 por Kg.