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19/Abr/2021

Boi: preços se estabilizam com avanço das ofertas

O movimento de alta está perdendo força e os preços se mantêm estáveis nas principais regiões pecuárias. A oferta de gado terminado ainda é escassa, embora nos últimos dias novos lotes tenham sido observados, oriundos de regiões onde as pastagens já estão degradadas pelo clima mais seco. Nesse sentido, a leve melhora na disponibilidade de bovinos permitiu que as indústrias avançassem com as suas escalas de abate para atender de cinco a sete dias úteis. Porém, o número de unidades de abate ativas no Brasil diminuiu muito neste ano e boa parte dos abatedouros segue operando abaixo da sua capacidade produtiva.

Isso porque o consumo de carne bovina no mercado doméstico não demonstra sinais de evolução. O segundo semestre pode trazer o impulso necessário, mas, por ora, as medidas no combate a pandemia seguem impactando negativamente a cadeia pecuária de uma forma inédita e grave. A recuperação da demanda interna é muito lenta. Este ano foi aprovado um auxílio emergencial de valor menor do que no ano passado, e isso pode trazer reflexo no consumo. No curto prazo, novas altas da arroba podem até ser limitadas pelo aumento da oferta projetado para os próximos dois meses. Porém, no médio prazo, a expectativa é de que a arroba avance.

Em São Paulo, as cotações ainda estão mais próximas da estabilidade. O boi gordo está cotado entre R$ 310,50 e R$ 316,50 por arroba à vista e a R$ 322,00 por arroba a prazo. Em Santa Catarina, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista. No Pará, a oferta melhorou e a cotação do boi gordo é de R$ 293,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 306,00 por arroba a prazo e em Mato Grosso do Sul, a R$ 302,35 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 299,00 por arroba à vista. em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg; o dianteiro é negociado a R$ 18,10 por Kg; e a ponta de agulha, a R$ 17,60 por Kg. A demanda segue enfraquecida.