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16/Abr/2021

Boi: preços voláteis com baixa liquidez no mercado

A comercialização se arrasta no mercado físico do boi gordo. Enquanto não há alterações nos fundamentos, rodam apenas negócios pontuais, com indústrias frigoríficas adquirindo pequenos lotes para preencher as escalas de abate, que atendem, em média, três a cinco dias no País. A baixa liquidez leva a um ambiente de volatilidade nos preços em algumas regiões pecuárias. Em São Paulo, o boi gordo é negociado a R$ 316,50 por arroba à vista e a R$ 322,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a oferta escassa de bovinos eleva as indicações de compra. O boi gordo é negociado entre R$ 293,50 e 307,00 por arroba à vista. Em Alagoas, a cotação é de R$ 289,00 por arroba à vista. Em Rondônia, o boi gordo está cotado a R$ 293,50 por arroba à vista e a R$ 296,25 por arroba a prazo.

Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 313,00 por arroba a prazo. A conjuntura de escassez na oferta de bois para o abate persiste, apesar do avanço do clima seco no País, que costuma trazer novos lotes das pastagens ao mercado. Há uma sutil melhora na disponibilidade de gado, mas não o suficiente para alterar o quadro estrutural do setor. Agora, os pecuaristas enfrentam novos impasses com a necessidade de terminação intensiva, cujos custos de produção estão bem elevados. Os grandes confinadores estão sendo abastecidos por bois não terminados de pequenos e médios produtores, que não suportam arcar os custos de nutrição vigentes.

A maior parte desses bovinos vendidos aos grandes produtores e/ou boitéis serão ofertados no segundo semestre do ano, portanto o cenário atual deve persistir no curto e médio prazo. Na outra ponta, os frigoríficos monitoram a demanda interna por carne bovina, na expectativa de que o ritmo de escoamento do produto volte a se regularizar. A tendência, no entanto, não é positiva, em função da segunda quinzena do mês, período no qual sazonalmente as vendas ficam mais baixas. Por enquanto, o que segue sustentando as atividades de parte das empresas é a exportação, que não demonstra sinais de desaceleração. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos estão estáveis. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg; o dianteiro é negociado a R$ 18,10 por Kg; e a ponta de agulha, a R$ 17,60 por Kg.