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14/Abr/2021

Boi: preços estáveis com baixa liquidez no mercado

O mercado físico do boi gordo tem poucos compradores. Por um lado, a ausência das indústrias é resultado de paralisações e férias coletivas decretadas como forma de minimizar os custos, enquanto a oferta de gado terminado não evolui e os preços da arroba não arrefecem. Por outro, parte dos frigoríficos ainda ativos, em sua maioria focados nas exportações, alongaram as suas escalas de abate na última semana e avaliam com cautela as vendas de carne bovina do fim de semana antes de novas aquisições.

Há relatos de plantas frigoríficas que voltariam ao mercado nesta semana, porém, por conta da persistente falta de gado gordo no mercado, aumentaram o período de férias coletivas, enquanto outras plantas que atendem exclusivamente o mercado interno encerraram suas atividades. Havia uma expectativa de maior oferta de bovinos com a chegada do clima seco às regiões produtivas, o que forçaria os pecuaristas a retirarem o gado das pastagens e ofertá-los no mercado. Mas, o fim da temporada de chuvas e a manutenção do quadro de escassez levam a crer que a questão estrutural é mais intensa do que se esperava e que a disponibilidade de boiada gorda deve permanecer apertada.

Assim, a liquidez do mercado continua baixa e os preços se mantêm firmes nas principais regiões pecuárias do País. Em São Paulo, os preços se mantêm praticamente inalteradas. O boi gordo está cotado a R$ 310,50 por arroba à vista e a R$ 321,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, onde a capacidade produtiva vem diminuindo com a interrupção das atividades de várias unidades, a cotação é de R$ 308,00 por arroba a prazo. No Rio Grande do Sul, há dificuldade de originar matéria-prima e escoar o produto. O boi gordo segue sendo negociado a R$ 9,90 por Kg.

Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 307,50 por arroba à vista; em Minas Gerais, R$ 310,00 por arroba a prazo; e no Pará, o boi gordo está cotado a R$ 292,50 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos se mantêm estáveis, embora o recebimento da massa salarial e do auxílio emergencial tenham garantido uma demanda regular no final de semana passado. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg; o dianteiro é negociado a R$ 18,10 por Kg; e a ponta de agulha, a R$ 17,60 por Kg.