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12/Abr/2021

Boi: preços avançam e comercialização é pontual

O mercado físico de boi gordo registra novos aumentos nos preços. O ajuste positivo ainda é resultado de uma oferta enxuta de gado terminado, além da demanda externa aquecida, que tem feito com que frigoríficos paguem mais para conseguir originar matéria-prima e cumprir com os contratos externos. A liquidez no físico, porém, é baixa. Ainda assim, algumas empresas têm conseguido avançar nas programações de abate, em parte por causa da paralisação de unidades menores, principalmente as focadas no mercado interno. É que a demanda doméstica segue enfraquecida, apesar da tímida reação observada neste início de mês, após o pagamento de salários. Mais unidades decretaram férias coletivas ou reduziram os abates diários para diluir os custos.

Os pecuaristas, por sua vez, aproveitam o período curto até a chegada do clima mais seco para traçar as estratégias que serão adotadas após a retirada dos bois das pastagens. A atenção está direcionada para o uso de confinamentos e os altos custos com ração animal, que se somam ao preço já alto do gado de reposição e elevam a preocupação dos produtores. O período de seca já mostra sinais nas diversas regiões, obrigando os produtores ao uso do confinamento, porém os pequenos e médios pecuaristas não têm condições de arcar com os custos, portanto é possível observar demanda acima da média por boiteis.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 315,50 por arroba à vista e a R$ 321,00 por arroba a prazo. Em Mina Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 307,00 por arroba a prazo. No Rio Grande do Sul, a cotação é de R$ 9,90 por Kg. Em Tocantins, o boi gordo é negociado a R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 299,50 por arroba à vista. Em Goiás, a cotação é de R$ 297,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o dianteiro registra alta e está cotado a R$ 18,10 por Kg. Essa movimentação corrobora com a atual situação econômica do brasileiro médio, que opta por carnes mais populares e economicamente mais acessíveis. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 17,60 por Kg.