09/Abr/2021

A expectativa é de que o pagamento do auxílio emergencial estimule o consumo durante a pandemia e aqueça a demanda por produtos agropecuários. Mesmo que o valor esteja na média de R$ 250,00 por família, inferior ao ano passado, o benefício é considerado importante. Segundo o Sistema Farsul, o auxílio emergencial foi um importante fator a impulsionar o consumo interno no ano passado e teve um papel muito importante na demanda por alimentos. Para a agropecuária, o auxílio emergencial favoreceu principalmente os itens produzidos para o mercado interno, como é o caso dos lácteos e do feijão. No arroz e nas carnes, o impacto foi considerado médio.

Apesar disso, o efeito da suspensão do auxílio, no último trimestre de 2020, não foi maior porque os estoques destes produtos estavam baixos. Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), a agricultura familiar espera um aumento na demanda por seus produtos. A suspensão dos pagamentos desde dezembro afetou a produção de suínos, frangos, leite e frutas e verduras. As famílias reduziram os gastos com alimentação e isso impactou diretamente na produção. Assim, há otimismo com a retomada dos pagamentos, embora o valor seja reduzido. Os recursos injetados na economia favorecem não apenas os agricultores e a indústria, mas à sociedade em geral.

No setor de lácteos, a expectativa é de que o auxílio emergencial traga benefícios. O setor enfrentou dificuldades no primeiro trimestre devido à queda no consumo. Segundo o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), o desempenho foi influenciado por questões sazonais, mas também pela interrupção no pagamento do auxílio emergencial. Com a retomada, as pessoas vão ter maior poder de compra. O auxílio emergencial é considerado imprescindível neste momento. Os pagamentos devem elevar a aquisição de produtos básicos, nos quais está incluído o leite. Fonte: Correio do Povo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.