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08/Abr/2021

Carnes: Brasil pede para Rússia habilitar plantas

O presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que mais frigoríficos brasileiros sejam liberados para exportar carnes. Apesar de habilitadas, muitas plantas estão com restrições temporárias para vender à Rússia. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que mantém boas expectativas com os avanços das tratativas entre os presidentes de Brasil e Rússia. Recentemente, autoridades russas sinalizaram a possibilidade de reduzir as tarifas para importações de carne de frango provenientes do Brasil. Neste sentido, há expectativa tanto por novas habilitações como também pela expansão dos volumes de carne de frango e de carne suína importados pelo principal mercado do Leste Europeu, reforçando a parceria comercial histórica entre as duas nações.

O Brasil vendeu 143,8 mil toneladas de carnes para a Rússia em 2020, negócios que renderam US$ 311,4 milhões. O principal produto comercializado é a carne de frango, com 83,6 mil toneladas, volume 30% maior que o vendido em 2019. Na sequência aparece a carne bovina, com 58,8 mil toneladas, mas que representaram maior valor: US$ 199,7 milhões contra US$ 108,7 milhões da venda de aves, segundo dados do Ministério da Agricultura. Apesar de ter cinco plantas habilitadas para a Rússia, o Brasil quase não vendeu carne suína em 2020. Foram apenas 100 toneladas, muito abaixo, por exemplo, das 918 toneladas de carne de cavalo vendidas no mesmo período.

O baixo fluxo do produto deve-se aos investimentos da Rússia para produção de suínos internamente. São 30 unidades com permissão para exportar frangos e 11 para a venda de carne bovina. Muitos outros frigoríficos aparecem na lista de plantas habilitadas, mas com restrições, principalmente a partir de 2017. Para a exportação de carne de frango, por exemplo, são listadas 54 unidades no site do governo russo. Dessas, 23 têm restrições e uma teve a certificação suspensa. No caso da carne bovina, são 58 frigoríficos licenciados para exportar para a Rússia, mas 47 têm restrições temporárias. De carne suína, além dos cinco habilitados, outras 27 plantas estão com restrições. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.