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06/Abr/2021

Boi: preços firmes com exportação e oferta restrita

No mercado físico de boi gordo, a movimentação apresenta maior ritmo, ainda que o consumo doméstico de carne bovina não tenha esboçado reação. Por um lado, as empresas tentam pressionar os preços da arroba, já que na outra ponta o mercado interno parece não ter mais capacidade de absorver novos reajustes. As escalas de abate estão apertadas em Mato Grosso e Tocantins, apontando para três dias úteis. Nos Estados, a média parcial anual é de cinco e quatro dias úteis, respectivamente. Em Goiás e Minas Gerais, a programação atende a cinco dias úteis. Ainda assim, o cenário é de cronogramas apertados na grande parte das regiões produtoras. O principal impasse ainda é a oferta de gado terminado, que continua restrita. O fim do período de chuvas costuma forçar pecuaristas a retirarem os bovinos das pastagens e ofertá-los no mercado, mas isso não tem acontecido.

Alguns agentes do mercado chegam a relatar que não há pecuarista retendo lotes no pasto, pois já liquidaram esses bovinos para pagar despesas visando lotes de gado magro para o primeiro e segundo giros de confinamento. Com a escassez de boiada e a consequente firmeza nos preços da arroba, algumas indústrias têm se afastado dos negócios, reduzindo as atividades ou até decretando férias coletivas para reduzir os custos. A situação é um pouco melhor para as plantas frigoríficas habilitadas à exportação. Aliás, são estas as responsáveis por grande parte dos negócios na maioria das regiões produtoras. A demanda internacional segue aquecida, com crescimento dos embarques em volume e receita no mês passado, após resultados mais fracos nos dois primeiros meses do ano.

Diante da demanda externa acelerada e da oferta limitada de gado, as cotações seguem firmes, com ajustes pontuais em algumas regiões. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 315,00 por arroba à vista e a R$ 317,00 por arroba a prazo. No Pará, a cotação é de R$ 283,50 por arroba à vista e em Rondônia, R$ 292,50 por arroba à vista. As escalas de abate são apertadas e a oferta é enxuta. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 295,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. A baixa procura por carne no País, tem contribuído para uma lenta reposição do produto nas gôndolas dos supermercados e açougues, enquanto diversos restaurantes, bares, escolas e outros serviços seguem fechados por causa das medidas sanitárias de prevenção à Covid-19. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg. O dianteiro está cotado a R$ 17,60 por Kg e da ponta de agulha, a R$ 17,10 por Kg.