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05/Abr/2021

Boi: preço segue sustentado pelas ofertas restritas

O boi gordo segue firme nas regiões pecuárias brasileiras. Com o mercado doméstico reprimido, o que tem feito frigoríficos buscarem novos lotes de gado terminado são as exportações aquecidas. Mas, a disponibilidade de boiada gorda ainda é baixa, o que tem forçado a indústria a pagar mais pela matéria-prima. O mercado monitora a possibilidade de reação do consumo interno neste início de mês por causa do pagamento de salários. A irregularidade no escoamento de carne bovina tem reduzido a liquidez de negócios no físico e permitido apenas ajustes pontuais nas cotações da arroba. Isso porque algumas empresas chegaram a reduzir as programações de abate enquanto aguardam maior demanda pelo produto e menores custos de produção. A situação é um pouco melhor para as plantas habilitadas para exportação, especialmente por causa da desvalorização cambial.

Por outro lado, os pecuaristas retêm os bovinos nas pastagens até a chegada do período de seca, quando serão obrigados a retirarem os bois do campo para ofertá-los no mercado. Para o produtor, o cenário também é de custo elevado, especialmente pela alta do gado de reposição. Os preços do bezerro atingiram um novo recorde na semana passada, ultrapassando R$ 3.000,00 por cabeça em várias regiões. Embora os preços do boi e da carne bovina também estejam em patamares recordes, o bezerro é o que registrou a valorização mais intensa em março. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 314,33 por arroba à vista e a R$ 317,00 por arroba a prazo. A maior procura por bovinos que atendem aos requisitos do mercado externo é motivo de no Pará, Rondônia e Tocantins.

Alguns frigoríficos relatam certa dificuldade para compra de bovinos, em função tanto da oferta restrita como da crescente procura pelo gado devido à demanda aquecida no mercado externo. Em Tocantins, o boi gordo é negociado a R$ 289,00 por arroba à vista. Em Rondônia, a cotação é de R$ 291,00 por arroba à vista e R$ 293,50 por arroba a prazo. No Pará, o boi gordo está cotado entre R$ 280,50 e R$ 284,00 por arroba à vista e a R$ 288,50 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a oferta é restrita e a cotação é de R$ 295,50 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a expectativa é de que o escoamento dos cortes bovinos demonstre certa reação, devido à entrada de massa salarial da população, sobretudo com o pagamento da primeira parcela do auxílio emergencial. O traseiro do boi permanece cotado a R$ 21,60 por Kg; o dianteiro a R$ 17,60 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 17,10 por Kg.