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26/Mar/2021

Boi: preço sustentado pela demanda de exportação

A comercialização de gado no mercado físico continua lenta. Quando há movimentação, ela ocorre com lotes cuja carne é destinada ao mercado externo. Os produtores estão retendo os bois no pasto, no aguardo das ofertas mais remuneradoras para o "boi China". Com isso, há baixa liquidez no físico. O mercado interno, em função das restrições impostas por causa da pandemia de coronavírus, reduz ainda mais o consumo.

Pode haver leve reação no fim do mês, com o pagamento de salários, mas as escalas dos frigoríficos continuam curtas, em torno de três a quatro dias úteis. Ou seja, as aquisições têm sido feitas da mão para a boca e principalmente de bois terminados e que atendam aos padrões do mercado externo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 313,00 por arroba à vista e a R$ 317,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a oferta restrita resulta em alta de R$ 2,00 por arroba para todas as categorias destinadas ao abate.

Assim, o boi gordo agora é negociado a R$ 297,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 279,00 por arroba a prazo; e a novilha gorda a R$ 287,00 por arroba a prazo. Há forte movimentação de bovinos de Minas Gerais para São Paulo, a fim de atender às escalas de abate das plantas exportadoras. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 310,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem estagnados, em razão da baixa demanda do mercado doméstico.

Os food services, que já estavam funcionando aquém da capacidade, serão ainda mais impactados ao longo da próxima semana, por causa dos feriados que foram adiantados na cidade de São Paulo. Sendo assim, não há expectativa de demanda mais ativa, restando apenas incertezas para o setor no curto prazo. O traseiro do boi é negociado por R$ 21,60 por Kg; o dianteiro a R$ 17,60 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 17,10 por Kg.