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25/Mar/2021

Boi: preço sustentado e baixa liquidez no mercado

O fluxo de negócios no mercado físico de boi gordo evolui de maneira cadenciada, refletindo o descompasso entre oferta e demanda. Por um lado, os pecuaristas ofertam poucos bovinos, retendo parte deles para aproveitarem as boas condições das pastagens. Por outro, os frigoríficos reduzem as compras diante dos altos preços da arroba, da dificuldade de originar matéria-prima e do escoamento ainda irregular de carne bovina para o mercado doméstico. Ainda assim, há melhoras pontuais nas escalas de abate em algumas regiões, mas o volume de acordos está aquém das expectativas para este período do ano.

A conjuntura não é muito diferente do início do mês, mas o mercado segue com a expectativa de que abril possa alterar essa dinâmica. Isso porque o pagamento do auxílio emergencial retornará, podendo dar um fôlego maior para o consumo de proteína bovina, e as regiões produtivas começam a registrar um clima mais seco, o que deve levar os produtores a tirarem os bois do pasto e aumentarem a oferta para abate. Apesar dessas perspectivas, não é esperado um aumento significativo da oferta de gado terminado a ponto de pressionar a arroba.

Outro fator de atenção é a definição de novas medidas restritivas para conter a pandemia do coronavírus em várias cidades do País. Esse movimento eleva a incerteza referente ao consumo de proteína animal, deixando os frigoríficos ainda mais cautelosos. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 317,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação está entre R$ 290,50 e R$ 291,00 por arroba à vista. No Pará, o boi gordo está cotado a R$ 283,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o boi capão segue negociado a R$ 19,01 por Kg, enquanto o boi inteiro segue cotado a vale R$ 18,20 por Kg.