25/Mar/2021

A Marfrig deve lançar a "carne baixo carbono" no segundo semestre deste ano. Havia previsão de que a iniciativa fosse apresentada no início deste ano. Como a companhia está desenvolvendo junto com a Embrapa um protocolo de procedimentos, que precisará ser certificado por uma terceira parte para então empresa e produtores serem certificados, o processo deve demorar mais dois ou três meses. O Programa Marfrig Verde+, que busca elevar a sustentabilidade dentro da cadeia produtiva de carne bovina. Por meio da iniciativa da "carne baixo carbono", o produto proveniente de sistemas de integração entre pecuária e lavoura será certificado pela baixa emissão de gases de efeito estufa. Como a carne de baixo carbono está ligada à integração da pecuária com a lavoura, tem um potencial enorme de ser escalada.

Dentro do programa de produção sustentável de bezerros, uma das ações do Marfrig Verde+, devem ser envolvidos mais de 400 produtores de diferentes regiões de Mato Grosso. A Marfrig já conseguiu identificar, até o momento, 62% dos seus fornecedores na Amazônia, entre diretos e indiretos, e 47% dos que atuam no Cerrado. A empresa pretende ter 100% de seus fornecedores diretos e indiretos na Amazônia identificados até 2025. Hoje, todos os fornecedores diretos já estão rastreados. No caso dos fornecedores do Cerrado, a estimativa é abranger toda a cadeia até 2030. Chama a atenção a relevância da oferta de crédito para que produtores consigam fazer adaptações e atender às exigências ambientais e fundiárias. O setor bancário tem se movimentado fortemente, precisamos pensar em finanças sustentáveis para o pequeno produtor.

A companhia tem planos relacionados às emissões de gases de efeito estufa. No caso das emissões diretas, em operações industriais ou referentes às fontes de energia utilizadas pela companhia, o plano é reduzir em 43% as emissões até 2035, tomando por base as emissões em 2019. Em 2019, as emissões diretas da empresa somavam 634 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Caso a meta seja alcançada, o volume deve recuar para 361 milhões de toneladas em 2035. Quanto às emissões indiretas, referentes à atividade pecuária, o objetivo é diminuir em 35% até 2035, ante 2019. Neste caso, a meta é sair de 5,84 toneladas de CO2 equivalente por cabeça abatida em 2019 para 3,8 toneladas de CO2/cabeça em 2035. A Marfrig poderá zerar suas emissões de CO2 entre 2035 e 2040. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.