25/Mar/2021

A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) afirmou que a indústria da carne não conseguirá repetir neste ano o desempenho de 2020. A previsão é de um ano difícil, em razão de preços elevados dos insumos para a nutrição animal, especialmente o milho. No Estado, a avaliação é de que exportações maciças, pragas e problemas climáticos levaram à escassez do grão. Os estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão baixos e o plantio da próxima safra está atrasado. O setor vai reduzir alojamento e baixar a oferta de proteína animal. Muitos frigoríficos de pequeno porte não conseguirão manter suas operações com os grãos nesses níveis de preços.

Santa Catarina consome cerca de 19 mil toneladas de milho por dia. O cereal representa pelo menos 50% dos custos de produção de aves e suínos. O milho está cotado a R$ 100,00 por saca de 60 Kg, 72% acima de fevereiro do ano passado. Aumento maior ainda pata o farelo de soja, comercializado a R$ 2.750,00 por tonelada, 113% mais cara que 12 meses atrás. Outro item da planilha de custos que afeta as operações nas granjas e nas fábricas é a energia elétrica, que encareceu 70% nos últimos dez anos. A média de alta prevista para 2021 é de 14,5%. A indústria já apurou que, com esses aumentos, o custo do frango vivo aumenta no mínimo 35%, o que fica difícil para o setor suportar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.