25/Mar/2021

As vendas de carne nos mercados atacadistas seguem lentas, o que mantém em queda os valores da proteína e do suíno vivo. Nesta semana, inclusive, os preços do suíno vivo comercializado no mercado independente operam abaixo dos verificados para o suíno de produção integrada, situação que não era observada desde maio de 2018. Tradicionalmente, a cotação do suíno de sistema independente supera a do integrado, devido aos maiores dispêndios desse modelo de produção. Em São Paulo, o Indicador do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ e de produção independente, posto no frigorífico (CIF), registra recuo de 13,3% nos últimos sete dias, cotado a R$ 5,86 por Kg.

A produção do Estado é mais direcionada ao mercado doméstico, que, por sua vez, está bastante enfraquecido, diante do agravamento da pandemia de Covid-19, que resultou em restrições mais severas no comércio, e da economia bastante fragilizada. Na Região Sul do País, as quedas são amenizadas pela influência das grandes indústrias exportadoras, uma vez que os embarques de carne suína vêm registrando bom desempenho em março. No Paraná, o suíno vivo, registra desvalorização de 6,4% nos últimos sete dias, negociado a R$ 5,81 por Kg.

No Rio Grande do Sul, a baixa no preço é de 6,1% no mesmo período, com o suíno vivo cotado a R$ 6,16 por Kg. Na média da Região Sul do Brasil, onde a produção integrada é mais presente, o suíno integrado apresenta desvalorização de 0,4% nos últimos sete dias, cotado a R$ 5,90 por Kg. Agentes do setor temem que as quedas mais intensas nos preços do suíno vivo de sistema independente resultem, nos próximos dias, em recuos também nos valores da integração. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.