24/Mar/2021

A estabilidade predomina no mercado físico de boi gordo, com a ausência de frigoríficos nas compras. A oferta restrita de gado segue sustentando os preços e apertando as margens da indústria. Por isso, as empresas têm optado por reduzir as aquisições de matéria-prima enquanto o consumo doméstico não demonstra potencial para absorver novas altas na carne bovina. A reação do mercado interno pode vir com o pagamento do novo auxílio emergencial e a redução do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) para as empresas do Simples Nacional em São Paulo.

Além disso, a China está retomando as compras, após as comemorações do Ano-Novo Lunar. Em São Paulo, o mercado está esvaziado e o boi gordo está cotado a R$ 310,00 por arroba à vista e a R$ 317,00 por arroba a prazo. Bovinos que atendem aos requisitos para exportação continuam cotados a R$ 315,00 por arroba à vista. O ciclo de retenção de fêmeas continua limitando a quantidade de bois disponíveis para abate, mas as boas condições das pastagens também têm feito com que pecuaristas retenham a boiada por mais tempo na engorda.

O arrefecimento das chuvas nas próximas semanas, porém, pode começar a reverter isso. A expectativa é de que a chegada do clima mais seco force os produtores a retirarem os bois das pastagens e ofertem no mercado. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 296,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 297,00 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 293,14 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o boi capão segue negociado a R$ 19,01 por Kg e o boi inteiro, a R$ 18,20 por Kg.