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19/Mar/2021

Boi: preços seguem sustentados pela oferta restrita

A liquidez de negócios do mercado físico de boi gordo está um pouco melhor, com maior movimentação das indústrias para aquisição de matéria-prima. Ainda assim, os volumes negociados são baixos e a escassez de oferta ainda não oferece liquidez suficiente para o mercado funcionar de maneira regular com a quantidade padrão de demandantes ou ofertantes. A maior disponibilidade de bovinos no momento se dá pela inatividade de outras indústrias, que decretaram férias coletivas em meio ao aperto das margens. A oferta enxuta tem sustentado os preços do boi gordo em altos patamares, elevando o custo dos frigoríficos em um momento de menor regularidade no escoamento de carne bovina para o consumidor doméstico.

Nessa conjuntura, a postura das empresas ainda é de cautela quanto ao mercado interno, aguardando o retorno do pagamento do auxílio emergencial e o fim do período de Quaresma, que antecede a Páscoa e traz uma redução nas compras. Mas, a comercialização externa segue a todo vapor, com destaque para a China, que continua comprando volumes expressivos do produto brasileiro. A dificuldade na originação de boiadas para as indústrias frigoríficas continua, mas a dificuldade no escoamento de carne no mercado interno vem limitando o aumento nas cotações, que estão próximas da estabilidade. A perspectiva de aumento na oferta de bovinos persiste. Por enquanto, contudo, os pecuaristas optam por manter o gado por mais tempo na engorda, para aproveitar as boas condições das pastagens e garantir melhor remuneração. A entrada de novos lotes de boiada gorda no mercado só deve ocorrer em plena safra do boi, em maio. Ainda assim, o volume de animais não será suficiente para pressionar os preços da arroba.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 303,00 por arroba à vista e a R$ 312,00 por arroba a prazo. Em Tocantins, onde as programações de abate atendem, em média, apenas dois dias, a cotação registra alta, a R$ 289,00 por arroba à vista. A crescente demanda externa impulsiona os preços em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 296,00 por arroba a prazo. No Pará, as indústrias frigoríficas enfrentam escalas de abate quase imediatas, enquanto as plantas exportadoras experimentam maior flexibilidade em função de adequação dos custos operacionais. A cotação é de R$ 284,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 295,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, o boi capão é negociado a R$ 18,99 por Kg e o boi inteiro, a R$ 18,31 por Kg.