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18/Mar/2021

Leite: custos de produção subiram em fevereiro

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira, que representa os desembolsos do produtor, aumentou 1,98% em fevereiro na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Essa valorização, no entanto, foi menor que a registrada em janeiro, de 3,29%. Os principais insumos que influenciaram a elevação dos custos foram os adubos e corretivos, cujos preços subiram 6,02% no mês, a maior valorização registrada para este grupo de insumos desde outubro de 2018, quando a alta das cotações foi de 6,46%. Neste ano, os valores dos adubos e corretivos acumulam alta de 7,49%.

O aumento dos preços desses insumos em fevereiro esteve atrelado às também elevadas cotações da matéria-prima para fabricação desses produtos, devido à desvalorização de 2,39% do Real frente ao dólar no acumulado do mês. A elevação dos preços do frete, devido à maior demanda para o transporte de grãos, também contribuiu para a valorização deste grupo de insumos. Quanto aos alimentos concentrados, os preços subiram 2,06% em fevereiro, também devido aos elevados patamares das cotações das matérias primas, para a soja, o Indicador ESALQ/BM&F Porto de Paranaguá teve média de R$ 166,38 por saca de 60 Kg em fevereiro, praticamente estável (-0,89%) em relação à de janeiro de 2021.

Para o milho, o Indicador ESALQ/BM&F teve média de R$ 83,89 por saca de 60 Kg, também estável (+0,29%) na mesma comparação. Os Estados que tiveram as maiores altas nos custos dos concentrados em fevereiro foram Minas Gerais (3,03%) e Paraná (1,58%). Em fevereiro, o produtor de leite perdeu poder de compra frente ao milho pelo segundo mês seguido, sendo necessários 42,18 litros de leite para a aquisição de 1 saca de 60 Kg de milho, quantidade superior à registrada em janeiro de 2021, quando eram necessários 41,12 litros de leite para a aquisição de 1 saca de 60 Kg do cereal. Esse cenário refletiu a desvalorização de 2,24% do leite em fevereiro frente a janeiro e a leve alta do preço do milho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.