17/Mar/2021

O mercado físico de boi gordo registra fraca movimentação. O principal fator que limita a liquidez é a baixa disponibilidade de gado terminado, que também tem mantido a firmeza dos preços da arroba. A ausência dos frigoríficos nas compras já vem sendo sentida há algumas semanas, com relatos de várias unidades reduzindo a capacidade diária de abate e até decretando férias coletivas enquanto a conjuntura não melhora, com novos fundamentos. Por enquanto, a retração do consumo no mercado doméstico aliada à sustentação da arroba segue apertando as margens das empresas.

Enquanto as indústrias frigoríficas limitam compras por não encontrar demanda no atacado suficiente que permita repasse dos altos preços pagos no boi gordo, os produtores aproveitam as boas condições das pastagens para barganhar melhores preços. A situação está melhor para as plantas que se voltam para o mercado externo, já que os preços continuam nas máximas históricas. Isso porque a China, principal importadora de carne bovina brasileira, dá sinais de retomada nas compras depois das comemorações do Ano Novo Lunar. Além disso, há rumores no mercado de uma interrupção das vendas de carne bovina do Chile para o China, o que significaria menor concorrência para o Brasil.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 303,00 por arroba à vista e a R$ 310,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 288,50 por arroba à vista e até R$ 303,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 287,50 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo continua negociado a R$ 291,00 por arroba à vista. No Pará, a cotação é de R$ 276,00 por arroba à vista e R$ 278,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, o boi gordo é negociado a R$ 296,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O boi capão é negociado a R$ 18,99 por Kg e o boi inteiro, a R$ 18,31 por Kg.