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16/Mar/2021

Boi: preço impacta frigoríficos que não exportam

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a alta no preço do boi gordo tem impactado de forma negativa os frigoríficos brasileiros que não têm acesso ao mercado externo. Na indústria de carnes, os prejuízos acumulados pelos frigoríficos já têm levado à paralisação temporária dos abates. A questão, para esses, não é esperar preços ou condições melhores, mas estancar a sangria do caixa.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o preço do boi gordo subiu 53%, enquanto a carcaça negociada no atacado teve o preço reajustado em 42%. Com essa defasagem, só não está estrangulado o frigorífico que exporta e que, por isto, fatura em dólar. No entanto, 75% da produção brasileira fica no mercado interno. Nesse cenário, a venda da carcaça casada de um boi de 16 arrobas vendida no estado de São Paulo há um ano daria à indústria um lucro de R$ 190,00.

Hoje, essa mesma operação deixa um prejuízo de R$ 135,00. A Abrafrigo informou que mantém a estimativa de alta de 5% no volume de exportações de carne bovina em 2021 após a queda de 6% no volume exportado no primeiro bimestre. Isso porque, o volume e a receita das exportações de fevereiro também foram inferiores ao registrado em janeiro deste ano, quando o Brasil exportou 127,1 mil toneladas de carne bovina, equivalentes a uma receita de US$ 549 milhões. Fonte: Agrolink. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.