11/Mar/2021

Segundo o Rabobank, a produção de leite nas sete principais regiões produtoras do mundo deve aumentar 1,1% em 2021. A estimativa representa uma desaceleração ante o aumento de 1,6% verificado em 2020. Isso deve resultar em pequeno aperto da oferta e dar suporte aos preços, já que a economia global e a demanda devem melhorar após campanhas de vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo. Porém, a recuperação da demanda deve ser muito mais gradual do que a queda registrada no início da pandemia.

Até meados do ano, deve haver um retorno palpável dos padrões de consumo habituais. Não será algo imediato, e não será sem percalços ao longo do caminho, mas, na média, deve ser positivo para os mercados de lácteos. A demanda chinesa no curto prazo está elevada, mas deve se desacelerar no segundo semestre. Os altos preços domésticos no país asiático estão aumentando o interesse na expansão da produção, o que pode reduzir a necessidade de importação no futuro. A demanda chinesa pode sofrer uma pausa com a alta recente dos preços na Oceania. Os preços de leite na China provavelmente atingiram um pico e devem começar a recuar a partir de agora.

Os preços de ração animal estão elevados em quase todo o mundo, e uma queda dos preços de leite pode pressionar as margens de produtores. Outra preocupação é a escassez de contêineres, que está provocando discrepâncias em preços globais de commodities. Essa situação deve se resolver ao longo do segundo trimestre, mas ainda representa um risco aos fluxos comerciais e uma dor de cabeça para exportadores no curto prazo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.