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08/Mar/2021

Boi: cresce o mercado de insumos para a pecuária

Houve um crescimento dos investimentos em saúde animal por parte dos pecuaristas em 2020, em parte por causa da melhora nos preços de gado, influenciada pelo aumento das exportações e pela oferta restrita de animais no País. O segmento da pecuária foi o mais resiliente em meio à pandemia, com o criador muito motivado e já mais capitalizado. O cenário continua positivo para a proteína animal e o Brasil, embora seja um grande fornecedor de carne bovina, ainda tem espaço para aumento de produtividade. O setor já entendeu que para isso precisa investir em sanidade, genética e nutrição animal. De fato, o preço dos insumos também subiu, mas continuamos observando uma condição muito boa do produtor, que vai continuar investindo.

Empresas que fornecem insumos para o setor pecuário viram sua receita disparar com a alta dos preços do boi gordo no mercado interno. A Vaccinar, de saúde e nutrição animal, prevê este ano repetir o crescimento de 30% nas vendas de 2020. A DSM, de nutrição humana e animal, quer avançar até 2,5 vezes acima do mercado de suplementação mineral no País, que cresce de 3,5% a 4% ao ano. Já a Alta Genetics, de genética bovina, pretende fechar 2021 com receita até 30% maior, ante aumento de 36% no ano passado. A tendência é de o produtor investir mais para explorar a sua produtividade e ganhar mais dinheiro, segundo Amaury Valinote, diretor de negócios para a linha de ruminantes da Vaccinar. Heverardo de Carvalho, diretor da Alta Genetics no Brasil, acrescenta que a inseminação ganha espaço como opção para reduzir custos e melhorar o produto final.

Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Nutrição e Saúde Animal para Ruminantes da DSM no País, também festeja as oportunidades. Segundo ele, na área de ruminantes, 2020 foi um ano muito positivo e a previsão é de continuação dessa tendência em 2021. O otimismo não é à toa. Com exportações aquecidas da carne bovina brasileira e oferta restrita de animais prontos para o abate, a arroba do boi gordo em São Paulo acumula alta de 14% só neste ano. Em 12 meses, a valorização é de 50%. Em 2020, a Alta Genetics dobrou o investimento previsto para o ano, alocando mais de R$ 10 milhões em melhorias de infraestrutura. Agora também no mercado de produção de embriões in vitro, a empresa prevê investir no segmento R$ 12 milhões a R$ 15 milhões nos próximos três anos.

A expectativa é faturar R$ 4 milhões a R$ 5 milhões em 2021 com a operação. A Vaccinar concluirá ainda no primeiro semestre a construção de fábrica em Araguaína (TO), onde já opera novo centro de distribuição. Outra planta será finalizada em Goianira (GO) até o fim de 2021. Cada uma terá capacidade para até 40 mil toneladas anuais de produtos. O próximo passo é fincar o pé em Mato Grosso. A DSM também busca avanço em Mato Grosso, transferindo o seu centro de distribuição de Cuiabá para Rondonópolis. A empresa fará investimentos na modernização e no aumento de capacidade em outros oito centros de distribuição no País. O foco é crescer também em Rondônia, no Pará, no Tocantins e na região Nordeste. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.