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05/Mar/2021

Boi: preço sustentado e baixa liquidez no mercado

A liquidez do mercado físico de boi gordo segue baixa, com a ausência de alterações nos fundamentos. A disponibilidade de gado terminado persiste como principal driver na maioria das regiões pecuárias do País. Além disso, a dificuldade do mercado doméstico em absorver os preços da carne bovina mantém a atuação dos frigoríficos mais cautelosa no preenchimento das suas programações de abate. Nesse meio, o boi gordo continua sustentado em altos patamares, sem indícios de espaço para quedas no curto prazo.

O principal ponto de atenção do setor de proteína bovina é o aperto nas margens de lucro da indústria frigorífica, especialmente no mercado interno, que absorve quase 70% da produção do País. Embora os preços da arroba se mantenham firmes, a tendência é de que novas altas sejam limitadas. Isso porque já se nota que as empresas não conseguirão repassar os custos para o consumidor final por muito mais tempo. O mês de março se inicia com uma perspectiva de fraqueza no consumo interno de carne bovina por causa do período da Quaresma, que antecede o feriado de Páscoa. Outra dificuldade para novas escaladas nas cotações é que os preços relativos mais contidos de aves e suínos devem manter baixa a competitividade da carne bovina ao consumidor final.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 300,00 por arroba à vista e a R$ 305,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação está entre R$ 286,50 e R$ 292,50 por arroba à vista. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 287,00 por arroba à vista e entre R$ 291,00 e R$ 298,00 por arroba a prazo, a depender da região. Na Bahia, a cotação é de R$ 281,00 por arroba à vista. Em Rondônia, o preço está fixado em R$ 275,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem inalterados. O boi capão está cotado a R$ 18,21 por Kg e o boi inteiro é negociado a R$ 17,39 por Kg.