04/Mar/2021

Segundo o Itaú BBA, o aperto nas margens de lucro da indústria frigorífica continua sendo o principal ponto de atenção do setor de proteína bovina, especialmente no mercado interno, que absorve quase 70% da produção do País. A dificuldade das empresas de proteína animal em repassar os custos para os preços da carne no mercado atacadista pode limitar novas altas da arroba do boi gordo.

Isso tende a ocorrer mesmo que o cenário continue apontando para firmeza nas cotações, em função da oferta escassa de gado terminado e da expectativa de exportações aquecidas para a China. O mês de março se inicia com uma perspectiva de fraqueza no consumo interno de carne bovina por causa do período da Quaresma, que antecede o feriado de Páscoa. Nessa época, o volume de gado também costuma aumentar um pouco, com o descarte de fêmeas que não emprenharam. A conjuntura, portanto, pode levar a uma pressão nos preços.

Outra dificuldade para novas escaladas nas cotações é que os preços relativos mais contidos de aves e suínos devem manter baixa a competitividade da carne bovina ao consumidor final. Por outro lado, se o auxílio emergencial for retomado, ainda que com valores menores do que no ano passado, abre espaço para novos repasses de custos aos preços da proteína bovina. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.