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03/Mar/2021

Boi: spreads de exportação de carne são apertados

As exportações de carnes brasileiras continuam mantendo os spreads (diferença entre o preço de venda da carne e de aquisição da matéria-prima) ainda fracos para as indústrias de proteína animal. No caso da carne bovina, a menor disponibilidade de bois prontos para o abate deve ter sido o principal motivo para a queda nos volumes embarcados no mês passado. Os preços até chegaram a subir, mas o aumento de 4% nas cotações do gado em fevereiro em relação a janeiro levou os spreads a ficarem 13% abaixo da média histórica, atingindo o nível mais baixo desde 2015.

Embora a sazonalidade desfavorável geralmente pese sobre os spreads no início do ano, os preços do boi gordo estão em alta, o que pode continuar pressionando as margens dos frigoríficos no futuro. Em relação à carne de aves, a situação é mais crítica, dada a valorização acentuada dos grãos, utilizados para alimentação animal. Em fevereiro, os custos com ração caíram 1% ante janeiro, abrindo espaço para uma melhora de 2% nos spreads de exportação. Mas apesar da leve retração, o preço da ração continua 88% mais alto na comparação anual, o que mantém o spread 35% abaixo da média histórica.

Os níveis de estoque dos avicultores serão fundamentais para diferenciar o desempenho no curto prazo, enquanto um ambiente mais equilibrado deve ser fundamental para desencadear uma recuperação mais acentuada do spread. A posição sobre a indústria avícola é cautelosa, ao menos até que se tenha maior visibilidade sobre a conjuntura. Quanto à carne suína, houve uma leve recuperação de 1% nos spreads comparando com janeiro, embora essa diferença entre o preço de venda e o custo com gado permaneça 30% abaixo do histórico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.