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01/Mar/2021

Boi: inovações são impulsionadas por investidores

Segundo o Rabobank, as oportunidades de inovação na indústria de carne bovina estão crescendo por dois motivos principais: o maior número de investidores no setor e as necessidades ambientais. A indústria deve ser fortemente influenciada nos próximos anos por avanços em genética e genômica; nutrição animal; monitoramento e na análise de dados e gestão de terras. O foco em sustentabilidade, principalmente o estabelecimento de metas pelos líderes das cadeias de suprimentos de carne bovina, pode começar a mudar o alinhamento entre custos e benefícios. Esse é mais um motivo para empreendedores e investidores focarem em melhorar a produtividade e sustentabilidade na oferta de carne bovina. Durante um bom tempo, a indústria de carnes recebeu menos atenção de investidores do que outras indústrias agropecuárias. Talvez por causa da falta de capacidade de extrair os retornos necessários, da natureza extensa das operações que dificulta a comercialização de tecnologia, ou do maior tempo necessário para demonstrar resultados.Mas, isso está mudando e a proteína animal vem atraindo mais interesse.

Além do investimento do capital de risco, as próprias empresas do setor têm investido em pesquisa por causa da maior preocupação da sociedade com o meio ambiente. Esses motivadores sociais e ambientais vão estimular a inovação e dar incentivos além dos multiplicadores econômicos tradicionais. Quanto às análises regionais de prazo mais curto, a oferta de gado no Brasil só deve aumentar em março e abril. Por isso, os preços devem continuar em níveis altos no curto prazo. A expectativa também é de que os dados revelem forte queda na produção de carne bovina no País em 2020 na comparação com 2019. Nos três primeiros trimestres do ano passado, o recuo foi de 5%. Os altos preços de grãos devem reduzir a atratividade do confinamento. Nos Estados Unidos, os altos preços dos contratos futuros enviam uma forte mensagem aos produtores que o mercado vai melhorar e para adiar vendas ou manter o gado por mais tempo. A demanda do país por carne bovina deu sinais de queda durante o último trimestre de 2020, mas os indícios são de que ela já voltou. As exportações continuam fortes e o valor do corte de carne está mais alto do que um ano atrás apesar da maior produção.

Na China, os preços da carne bovina também estão em alta apesar da nova onda de Covid-19, que causou lockdowns e queda na demanda por alimentação fora de casa. A carne bovina subiu 7% no varejo em janeiro contra janeiro de 2020. Os preços da carne suína avançaram 1,3% no período. Os preços firmes da carne bovina refletem a demanda sazonal antes do Ano-Novo Lunar, mas também a baixa oferta, atribuída à produção local limitada e ao atraso na circulação da carne importada por causa das inspeções rígidas para Covid-19. Em janeiro, as importações chinesas de carne bovina do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos registraram forte avanço. O Brasil viu sua participação nas importações chinesas subir para 40% em 2020, ante 24% em 2019. Na Austrália, outro importante produtor, o gado continua tendo preços recordes, impulsionados pela demanda forte e pela oferta limitada de bovinos. A relutância de produtores em vender gado e a oferta limitada fez com que os níveis de abate despencassem. Com a menor oferta e os preços mais altos, a expectativa é que o país exporte menos em 2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.