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25/Fev/2021

Boi: insumos pressionam margens de produtores

Em São Paulo, o preço médio do boi gordo operou acima dos R$ 300,00 por arroba em praticamente todo o mês de fevereiro. O valor atual é de R$ 300,80 por arroba, com avanços de 0,32% na parcial do mês e de 12,6% no acumulado do ano. Mesmo com as demandas doméstica e internacional enfraquecidas nestas primeiras semanas de 2021, a baixa oferta de bois prontos para abate ainda sustenta o movimento de aumento dos valores da arroba. Vale mencionar, no entanto, que preço elevado não é sinônimo de alta rentabilidade. Mesmo que os preços do boi estejam em patamares recordes, a valorização considerável e contínua de importantes insumos pecuários, como os de bovinos de reposição e dos grãos, pode limitar, e até mesmo comprometer, a margem do produtor.

No mercado de reposição, o bezerro nelore de 8 a 12 meses é negociado em Mato Grosso do Sul a R$ 2.865,93, com altas de 7,16% na parcial de fevereiro e de 14,6% no acumulado deste ano. Para os insumos de alimentação animal, diante do atraso na colheita de soja no Brasil, a oferta de farelo de soja segue limitada, dificultando o abastecimento dos consumidores para o curto prazo. Grande parte dos compradores sinaliza não ter estoques longos. Com isso, os preços do farelo de soja seguem renovando os patamares recordes, em termos nominais, da série do Cepea, iniciada em janeiro de 1999. Em fevereiro, o derivado vem sendo negociado por volta de R$ 2.900,00 por tonelada na região de Campinas (SP), estável neste mês, mas forte elevação de 15% na parcial de 2021. Quanto ao milho, os produtores estão voltados aos trabalhos de campo e ao desenvolvimento da safra de verão 2020/2021 e, com isso, mantêm baixa a oferta do cereal no mercado spot.

O Indicador do milho ESALQ/BM&F (Campinas-SP) está cotado a R$ 85,08 por saca de 60 Kg, aumentos de 2,1% em fevereiro e de 8,2% neste ano. Ressalta-se que, em 2020, os custos de produção da pecuária de corte subiram com força. Dependendo do sistema produtivo, a elevação no Custo Operacional Efetivo (COE) chegou a 45% no ano. Considerando-se a média nacional, o sistema modal de cria apresentou alta de 9,4% nos custos em 2020. No caso do sistema de recria e engorda, o avanço nos custos atingiu 39%, devido ao forte aumento nos preços de animal de reposição. No acumulado de 2020, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&F registra alta de expressivos 31,13%, em termos reais. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.