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25/Fev/2021

Suíno: poder de compra recua pelo 5º mês seguido

Mesmo com as recentes altas nos preços do suíno vivo, a média parcial de fevereiro ainda é menor que a de janeiro, devido às desvalorizações registradas no início deste mês. Dessa forma, o poder de compra dos suinocultores frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, vem apresentando novo recuo na parcial de fevereiro, acumulando cinco meses de quedas. Com relação ao farelo de soja, a situação do suinocultor é agravada pela valorização do derivado, que alcançou a máxima nominal da série histórica do Cepea.

Considerando-se o suíno vivo comercializado no mercado independente da região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o farelo de soja negociado na região de Campinas (SP), o produtor consegue adquirir 2,43 Kg do derivado de soja com a venda de 1 Kg de suíno na média parcial de fevereiro, a menor quantidade desde julho/2018, sendo 6,2% abaixo do verificado no primeiro mês deste ano.

Em Santa Catarina, na região de Chapecó, é possível ao suinocultor adquirir 2,50 Kg de farelo de soja com a venda de 1 Kg de suíno vivo, queda de 12,8% frente a janeiro. Na comparação com o milho, a perda no poder de compra foi menos intensa, uma vez que as cotações do cereal têm registrado leve recuo em fevereiro. Para o suinocultor de São Paulo, é possível a compra de 5,02 Kg do cereal com a venda de 1 Kg de suíno na parcial deste mês, 2,5% menor que a média de janeiro.

Em Santa Catarina, o produtor pode adquirir 5,28 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno, queda de apenas 1,4% no mesmo comparativo. A oferta escassa de farelo de soja no mercado doméstico tem elevado as cotações. Em São Paulo, na região de Campinas, o farelo tem preço médio de R$ 2.879,45 por tonelada na parcial de fevereiro, alta de 3,8% frente ao mês anterior. Em Santa Catarina, na região de Chapecó, a valorização é de 9,5%, a R$ 2.979,69 por tonelada na média parcial de fevereiro.

A retração de compradores tem diminuído a liquidez do milho, pressionando os valores. O Indicador ESALQ/BM&F (Campinas – SP) tem média de R$ 83,59 por saca de 60 Kg na parcial de fevereiro, leve baixa de 0,1% frente a janeiro. Para o cereal comercializado no mercado de lotes de Chapecó (SP), a queda mensal é de 2,8%, cotado a R$ 84,71 por saca de 60 Kg na média parcial deste mês. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.