24/Fev/2021

O mercado físico de boi gordo tende a continuar registrando firmeza de preços e baixo volume de negociações ao longo desta semana. Embora a oferta de gado terminado comece a demonstrar sinais de melhora, o volume de bovinos que chega não é abundante, o que evita pressões sobre as cotações. A perspectiva é de que os negócios não evoluam, ao menos enquanto persistir o ritmo lento de escoamento da carne bovina no mercado doméstico. Embora a maioria dos pecuaristas esteja retomando as atividades nesta semana, a liquidez dos negócios encontra como barreira a atuação cautelosa dos frigoríficos para aquisição de matéria-prima.

Isso porque as empresas seguem avaliando os resultados das vendas para o mercado atacadista antes de traçarem estratégias de preenchimento das escalas de abate. Além dos efeitos da crise econômica instaurada pela pandemia de Covid-19, nesta época do mês, o consumo da proteína bovina costuma se arrefecer, dado o menor poder aquisitivo dos consumidores. Nesse sentido, que a virada do mês pode trazer uma reação da demanda, com o pagamento dos salários de parte da população. Por enquanto, as indústrias têm ficado fora das compras, testando o mercado. A demanda externa também tem sido monitorada pelo mercado, com uma desaceleração dos embarques nas últimas semanas.

Entretanto, é esperada uma retomada nos volumes embarcados, especialmente para a China, após a comemoração do feriado do Ano Novo chinês, que ocorreu no início deste mês. Em São Paulo, o boi gordo segue cotado a R$ 300,00 por arroba à vista. No Paraná, a cotação é de R$ 290,00 por arroba, com um aumento sutil na oferta de bois prontos para o abate, além de uma dificuldade de escoamento de carne bovina para o mercado interno. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 283,75 por arroba à vista; em Mato Grosso, a R$ 291,50 por arroba a prazo e em, Rondônia, R$ 273,00 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O boi capão segue cotado a R$ 18,20 por Kg e o boi inteiro é negociado a R$ 17,38 por Kg.