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22/Fev/2021

Leite: custo de produção avança no início de 2021

O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira iniciou 2021 em elevação. Em janeiro, o COE subiu 3,29% na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), bem acima da alta verificada no mesmo mês de 2020, que havia sido de 1,62%. Assim como observado ao longo do ano passado, o item que mais influenciou o avanço nos custos em janeiro foi o concentrado, que se subiu 4,09%, devido aos aumentos nos preços dos grãos. No caso da soja, o Indicador ESALQ/BM&F avançou fortes 10,04% de dezembro/2020 para janeiro/2021.

Quanto ao milho, o Indicador ESALQ/BM&F teve expressiva alta de 11,04% na mesma comparação. Os Estados que tiveram as maiores elevações nos custos de concentrado foram Minas Gerais (6,93%) e Paraná (3,64%). Além disso, a valorização da suplementação mineral, de 3,64% na “Média Brasil”, também se refletiu sobre os custos em janeiro. Esse cenário se deu diante do avanço do dólar em relação ao Real, de 4,28% de dezembro/2020 para janeiro/2021. Minas Gerais e Paraná foram os Estados onde os valores da suplementação mineral subiram com mais força, 5,51% e 4,8% respectivamente.

Diante da redução de 4,32% no preço do leite em janeiro (“Média Brasil”) e da elevação nos valores do milho no mesmo período, a relação de troca ficou desfavorável ao produtor. Esse cenário é verificado após um final de ano de melhora no poder de compra. Assim, em janeiro, foram necessários 41,12 litros de leite para a compra de 1 saca de 60 Kg de milho, contra 35,43 litros de leite em dezembro. Trata-se, também, do momento mais desfavorável ao pecuarista leiteiro desde maio de 2016, quando foram precisos 44,49 litros de leite para realizar a mesma troca. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.